sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cisternas rachadas



Quando Deus estabeleceu a Aliança com Abraão e a confirmou no Monte Sinai para Moisés, estava claro observar que o Senhor desejava firmar um compromisso sólido com o Seu povo, no caso, os hebreus.

Nessa aliança havia o compromisso de fidelidade, tanto da parte de Deus, protegendo e guardando suas vidas, como também do povo, guardando os mandamentos do Senhor.

Infelizmente, não é o que vemos acontecer em boa parte da história de Israel no Antigo Testamento. O povo, por várias vezes, se esqueceu de Deus, curvando-se diante de ídolos e se prostituindo com outros povos. Fizeram aquilo que era abominável ao Senhor.

Deus levantou profetas que os alertavam quanto a isso, mas o povo não deu ouvidos ao Senhor e, como consequência, tanto o Reino do Norte (Israel), como o do Sul (Judá), foram levados cativos.

Há uma passagem em que o profeta Jeremias fala claramente a respeito de tudo o que havia acontecido com o coração do povo e até onde eles chegaram com as suas práticas pecaminosas.

Em Jeremias 2.13, lemos: “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas”. Esse versículo faz parte de um anúncio divino proclamado por Jeremias ao povo de Judá.

Deus estava indignado com as atitudes daquele povo e dizia que eles haviam cometido dois crimes. O primeiro, de abandoná-lO e o segundo, de buscarem em si mesmos a provisão.

Essas duas atitudes, as quais Deus chama de crimes, expressam hoje também a quebra da aliança da Igreja com Deus, firmada pelo sangue de Jesus. Não só naquele tempo, o povo de Judá desconsiderou a aliança, como muitos hoje também a desconsideram. 
Aliança envolve compromisso mútuo.

O povo havia afastado-se de Deus revelando que o Senhor não era mais o centro de suas vidas, nem o consideravam como o Provedor. Eles rejeitaram Aquele que enchia não só as cisternas de água, mas O que enchia os seus corações com a Água Viva.

Cavaram as suas próprias cisternas e buscaram em si mesmos e em suas próprias forças os recursos para o sustento de suas vidas, famílias, plantações, gado e cidade. Mas havia um problema: as cisternas que construíam rachavam, a água vazava pelas rachaduras, e eles não conseguiam armazenar a água para viver.

Toda dedicação e esforço humano empenhados para cavar e construir as cisternas eram em vão. Eles as enchiam, mas elas se esvaziavam  devido às rachaduras.

Quando Deus deixa de ser o centro do coração e o homem começa a achar a provisão em si mesmo, rachaduras no coração aparecerão.

Outro fato muito interessante nesse versículo é que Deus une duas coisas: o espiritual com o material. O fato de abandoná-lO (espiritual), resultou em um problema material, as cisternas rachadas. Philip Yancey, em seu livro Rumores de outro mundo, escreve algo de muita importância a respeito desses dois mundos, o espiritual e o natural. “O natural e o sobrenatural não são dois mundos separados, mas diferentes expressões da mesma realidade”. Embora sejam distintos, há uma dinâmica muito íntima entre eles. Jesus falou dessa ligação existente entre o natural e o sobrenatural aos seus discípulos:  “...o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus” (Mateus 16.19).

Hoje nos deparamos com o homem em busca de si mesmo. Tudo é feito pelo homem para o homem. Os valores são puramente terrenos, para a satisfação da própria vontade humana. Onde está a busca por Deus em nosso meio? Busca-se o sobrenatural, mas na fonte errada.

A partir do momento que o homem deixa de buscar a Deus, outras coisas assumirão o lugar do sagrado em seu coração.

Não podemos confundir uma adoração genuína ao Senhor com vida religiosa. As duas coisas são completamente diferentes, embora o objeto seja o mesmo.

Deus deseja uma adoração genuína e sincera; não algo carregado de obrigações e rituais. 

Na Aliança, somos chamados a uma aproximação com base no amor; não no cumprimento de atos religiosos. Deus, acima de tudo, deseja o coração.

O próprio Jesus citou Isaías para alertar o povo a respeito de suas tradições vazias e da falta de uma adoração verdadeira. “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Mateus 15.8,9).

Jeremias tinha em seus lábios uma mensagem para o seu povo naquela geração. Hoje temos a Palavra de Deus e o Espírito Santo que nos alertam e ensinam a viver com um coração totalmente voltado para Ele.

A Igreja precisa aprender a viver a Aliança com Deus.

Autoria do Texto: Carlos Barabás

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Pensamento - Fiodor Dostoievsky

Toda formiga conhece o segredo de seu formigueiro,
toda abelha conhece o segredo de sua colmeia.
Elas o sabem de seu próprio jeito, e não do nosso jeito.
Somente a humanidade não sabe seu segredo.

Fiodor Dostoievski

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mas Davi se fortaleceu no Senhor, seu Deus.



Estamos chegando ao final de mais um ano.

Particularmente, nesse ano de 2012, enfrentei  situações que foram difíceis e, até mesmo, dolorosas para a minha alma.


Uma palavra que tem fortalecido o meu coração e, acredito que fortaleça também o seu, é uma passagem na qual Davi, diante de um sério problema, toma uma decisão sábia. Essa decisão de Davi fez toda a diferença em meio àquela situação.


Essa passagem encontra-se em 1 Samuel 30.1-31,  quando Davi encontra a cidade onde habitava,  Ziclague,  destruída, queimada e suas esposas e filhos levados cativos.


Você pode imaginar a aflição e a angústia de Davi e seus companheiros voltando para a Ziclague, vendo ao longe a fumaça subindo e, quando chegam, não encontram ninguém?


A decisão de Davi diante de tudo aquilo foi de fortalecer-se no Senhor (vs.6).


Diante de toda pressão, Davi tomou uma posição de fé, decidiu buscar Aquele que poderia ajudá-lo diante dos problemas.


Acredito que essa seja a grande lição para a minha vida e para a sua também: buscarmos em Deus a força que precisamos para enfrentar as situações, sejam elas quais forem.


Davi orou, e o Senhor respondeu (vs.8).


Estou orando e sei que o Senhor irá me responder. Ele me apontará o caminho a seguir.


O final dessa história é maravilhoso e, pela fé, pertence a nós também.


Davi, sob uma direção de Deus, persegue os inimigos e toma de volta tudo aquilo que lhe pertencia e, ainda mais, ficou com tudo aquilo que pertencia ao inimigo.


Leia esse história na Bíblia; ela revela aquilo que Deus pode fazer por aqueles que ousam entrar em Sua presença.



 Autoria do texto: Carlos Barabás

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A sábia coruja

Uma coruja idosa e sábia morava numa árvore.
Quanto mais via, tanto menos falava;
Quanto menos falava, tanto mais escutava;
Não podemos todos ser como aquela ave?

Extraído do livro: "Eu creio na pregação" de John Stott. Ed.Vida, 2003

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Poder da Benção



Enquanto os hebreus caminhavam em direção à Terra Prometida, Deus instruiu  Moisés a falar para Arão, sumo-sacerdote, e seus filhos, que eram sacerdotes, para que declarassem uma benção sobre o povo.

“Assim vocês abençoarão os israelitas” (Nm.6.23): Essa era uma benção invocada somente pelos sacerdotes.  

Conforme 1Pedro 2.9, sabemos que nós, o povo de Deus, hoje somos chamados para ser um reino sacerdotal. E, assim como Arão e seus filhos invocavam a benção, devemos também exercer em nosso ministério sacerdotal a prática de invocar a benção sobre a vida daqueles que nos cercam.

Os hebreus sabiam muito bem a importância da benção, porque sem ela seria muito difícil atravessar aquele deserto.

A benção que os sacerdotes invocavam sobre o povo estava diretamente ligada ao coração de Deus e à sua vontade sobre os filhos da aliança.

Preste atenção no teor das palavras declaradas:

“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e de dê paz. Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei.”

A benção consistia em proclamar que o favor, a graça do Senhor estava sobre a vida deles, e que Deus os guardaria e lhes daria a paz.

A benção guardou os hebreus em sua jornada e nos guarda hoje também.

O princípio da benção é algo tão importante e significativo que o próprio Senhor nos ensinou isso abençoando o homem quando o formou.
Deus os abençoou e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! (Gn.1.28).

A benção invocada por Deus sobre o homem tinha o caráter de crescimento, multiplicação e domínio.

Uma das melhores definições que ouvi a respeito de benção foi: “Benção é o poder interior que nos capacita a sermos bem sucedidos em qualquer situação”.

Fico imaginando os sacerdotes todas as manhãs, levantando as suas mãos para o povo e pronunciando essas palavras sobre as suas vidas.

Hoje, nós, sacerdotes do Senhor, também devemos abrir a nossa boca e levantar as nossas mãos para abençoar a nossa família, trabalho, ministério e tudo aquilo no qual estamos envolvidos.

A benção tem que ser declarada, pronunciada.

Comece hoje mesmo a invocar a benção de Deus sobre esses últimos dias de 2012 e a proclamar bênçãos para o ano de 2013.

 Autoria do texto: Carlos Barabás