segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dois irmãos - dois destinos


“Disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão?... A voz do sangue de teu irmão clama…” (Gênesis 4:9-10).

  Certa pregadora, referindo-se a este texto, afirmou: “Hoje não matamos com armas, mas sim com a língua”. Quando li esta afirmação, pude ver o que hoje se chama de “homicídio espiritual”, que nada mais é do que cortar a influência de uma pessoa.
  Creio que quando as pessoas insistem na inveja, na raiva, na ira, no rancor, no ódio, elas estão somente dando vazão a esse espírito de homicídio espiritual.         
Cortamos a amizade, rompemos relações, anulamos a comunicação, levantamos um muro e matamos o que há de mais precioso em nós: o amor.
 A inveja motivou Caim a matar Abel para conseguir, segundo o seu pensamento, “cortar a influência” de seu irmão com o Todo-Poderoso. Mas isso não foi o que aconteceu. Pelo contrário, quem teve sua influencia – que já era pouca – totalmente anulada, foi ele próprio, pois o sangue de seu irmão, derramado na terra, segundo Hebreus, ainda fala e inspira muitos a seguir o caminho da retidão e da justiça. E ainda que seja necessário chegar ao sacrifício, sim, vale a pena servir a Deus com excelência!
  O resultado disto foi que “o feitiço se voltou contra o feiticeiro”. Caim, até hoje, é mencionado como o assassino de seu irmão que não se arrependeu.   
   Enquanto que Abel, seu irmão, ainda morto, fala (Hb 11.4).
Deixe o ódio, o rancor e a ira para trás. Crucifique o velho homem, a carne e suas obras.   Faça tudo isso morrer em sua vida. Liberte-se disso antes que os estragos em sua vida sejam como os de Caim: irreparáveis!


Autoria do texto: Pr. Alexsander Goes (autor convidado pelo blog)
O Pr. Alexsander, juntamente com sua família, servem ao Senhor na Bolívia. Ele e sua esposa, Dayan Lorene, são pastores da Embajada Del Rey Jesús em Cochabamba.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Moda ou Modo?


Tenho 48 anos e por todo esse tempo frequento a igreja.
Acreditava, até hoje pela manhã, que nesses 48 anos de vida já havia visto de tudo no que se refere aos ministérios, igrejas, seminários e comportamento dos cristãos. Me enganei! Pelo jeito que as coisas estão e vão, acredito que ainda verei muitas outras coisas.
Digo isso por quê? Estava eu no metrô (para variar), quando uma mulher bem à minha frente segurava uma sacola vermelha onde estava escrito: “Moda masculina”, “Moda feminina” e “Moda evangélica”.
Eu sei muito bem o que significa a palavra moda. Sei também distinguir os gêneros masculino e feminino. Mas e quanto à “moda evangélica”? Que mistério é esse?
Será que chegamos ao ponto de ter estilistas especializados em cobrir os nossos corpos para esperarmos o arrebatamento bem vestidos?
Fiquei hipnotizado pela sacola.
Fui pesquisar o assunto. Ele não me saia da cabeça.
Para meu espanto, descobri muitas confecções e lojas que realmente estão investindo no segmento da “moda evangélica”. O mercado achou (como sempre) um nicho para explorar.
Eu pensei que encontraria roupas sóbrias, compridas, escuras e totalmente herméticas, mas não foi o que encontrei. Achei muita coisa interessante e, até mesmo, bonita, colorida e moderna.
Calças, saias, bolsas, sapatos, acessórios, blusas... uma infinidade de produtos para usarmos e sermos crentes fashion.
Dentro dessa pesquisa, foi interessante também observar que o segmento evangélico tem buscado e assumido esse tipo de “moda”.
Já que investi tempo em uma pesquisa, agora é hora de refletir sobre o assunto.
Os evangélicos estão atentos a “moda”, tanto é que o Mercado e a sociedade estão observando isso.  Pergunta: Será que nós, evangélicos de carteirinha, estamos também atentos ao “modo”? Quando digo “modo”, me refiro a uma conduta condizente com a nossa fé ou, se preferir, pode chamá-lo de “testemunho”.
A “moda” diz respeito àquilo que é externo,  que é usado e vestido. Já o “modo” nos remete àquilo que é interno, ou seja, eu tenho um modo, porque tenho princípios, ideias e valores que me levam a agir, falar e me comportar de determinada maneira.
Isso fica bem claro na passagem do livro de 1Samuel 16, quando Samuel, por uma ordem do Senhor, vai à casa de Jessé ungir o futuro Rei de Israel. Samuel, ao olhar para Abinadabe, o filho mais velho de Jessé, pensou que aquele poderia ser o futuro rei, porque Abinadabe era alto, forte e de boa aparência. Mas Deus disse a Samuel que as coisas não eram bem assim. Deus disse: “... pois o homem olha para o que está adiante dos olhos, porém o Senhor olha par o coração” (v7).
Somos impressionados por aquilo que vemos, não tem jeito, mas precisamos aprender que nem sempre o que vemos por fora é o que realmente existe lá dentro no coração. A casca pode ser uma, mas o recheio, outro. O rótulo é bonito, mas o conteúdo, feio.
Até podemos ter um vestuário próprio, mas se não tivermos a propriedade da Palavra em nossos corações, tudo não passará de moda. E como sabemos, com o tempo, tudo sai de moda.
Por falar em moda, alguém sabe qual a tendência para o próximo inverno?

Autoria do texto: Carlos Barabás

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Que a festa continue

    Baseado em João 2.1-11

   O primeiro milagre realizado por Jesus foi em uma festa. Isso mesmo, em uma festa de casamento.
   Não foi em uma sinagoga cercado por religiosos, nem mesmo em meio aos doentes e endemoninhados.
   Ele manifestou a sua glória no momento em que uma festa acontecia. Enquanto todos celebravam o casamento juntamente com os noivos, cantando, dançando, comendo e bebendo, Jesus estava à parte operando um sinal.
   No meio da festa, um grande problema aconteceu: o vinho acabou. Com exceção de algumas pessoas, ninguém mais suspeitou que o vinho houvesse acabado, mas acabou. Contudo isso não foi motivo para a festa terminar antes da hora e todos irem para suas casas.
   Na vida, enfrentamos isso também.
   Existem certos momentos que o nosso vinho (alegria) acaba e pensamos que a festa (vida) será encerrada, e que não haverá mais nenhum motivo para celebrarmos nada.
   O espetáculo foi encerrado. Temos a sensação de que as cortinas se fecharam antes que a peça chegasse ao fim.
   A verdade maravilhosa daquele momento e desse momento, agora, é que temos a certeza de que Jesus está na festa.
  Jesus os orientou no que fazer. E eles obedeceram. Encheram as talhas de água, e quando o mestre sala experimentou o líquido tirado daqueles recipientes ficou maravilhado.    Era um vinho de muita qualidade, melhor até do que o anterior.
   Se o seu vinho (alegria) acabou, faça aquilo que o Senhor lhe diz para  fazer. Obedeça. Não há formulas, não há química, não há passos, somente siga o que Ele lhe diz para fazer e faça. Depois prove do resultado.
  De uma maneira muito particular, acredito que Jesus não estava se importando com o milagre em si, mas em lhes dar a alegria para continuarem a festa com algo bem melhor e saboroso.
   Que a festa continue... com o novo vinho agora.

        Autoria do texto: Carlos Barabás

domingo, 8 de abril de 2012

Sem e Com


Sem teto
Com frio

Sem terra
Com fome

Sem hospital
Com dor

Sem escola
Com vergonha

Sem segurança
Com medo

Sem acessibilidade
Com limitações

Sem Deus
Condenado

            Autoria do poema: Pr. Carlos Barabás

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cuidado!

Eva,
Nem tudo o que lhe oferecem
É bom.

Caim,
Os seus desejos,
Você deve dominar

Sansão,
Nem tudo o que lhe pedem
Deve ser atendido.

Davi,
Nem tudo o que os seus olhos veem
Lhe pertence.

Judas,
Existem coisas que o dinheiro
Não pode comprar.

Ananias e Safira,
A mentira,
À morte os levará

Igreja,
Certas trocas
Não são trocas certas.

Cuidado!
Como um leão, o diabo
Procura a quem devorar.

Autorida do poema: Carlos Barabás

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Coelhinho da páscoa, que trazes prá mim?


   Acredito que você já tenha visitado um zoológico. Lá os bichos são expostos, e nós, humanos, os observamos a uma distância segura. Às vezes aparece um louco que pula nas áreas reservadas aos animais, colocando a vida em risco.
  Quando vamos ao Zoológico, temos a curiosidade de ver os bichos e saber mais das suas características. Também gosto de ir para comer maçã do amor e algodão doce.
  Ao nos aproximarmos das jaulas, observamos as placas que informam os nomes dos animais, a origem, quantos anos costumam viver e outras curiosidades.
  Agora imagine-se fazendo um passeio ao zoológico e, ao chegar à área da girafa, você lê todas as informações da placa, mas  vê um elefante lá dentro!? Você  lê “girafa”, mas o que os seus olhos vêem é um elefante. Você tem certeza que aquele grande animal de tromba não é uma girafa, eles são bem diferentes, e você conhece as características de cada um deles. Com certeza, um equívoco foi cometido; trocaram a placa.
  Infelizmente, na vida, às vezes também somos confundidos por algumas placas trocadas. Essa época é um desses momentos. Um equívoco capaz de levar muitos a interpretarem a verdadeira mensagem de forma errada.
  Conhecemos o Cordeiro de Deus, mas na placa está escrito “coelhinho da páscoa”. Alguma coisa está errada! Perde-se o valor do verdadeiro sujeito (o Cordeiro)  devido ao rótulo (a placa) que é falso.
  Assim como o  ocidente está distante do oriente, o coelhinho está distante do Cordeiro de Deus, a nossa Páscoa.
  É claro que não vamos deixar de comer chocolate por causa disso; mas não podemos nos afastar da verdadeira mensagem: a morte e a ressurreição de Cristo.
  Quando João Batista viu  Jesus caminhando em sua direção, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Ele reconheceu ,na vida de Jesus, o verdadeiro Cordeiro Pascal.  
  Os judeus, desde a saída do Egito, sacrificavam anualmente um cordeiro e participavam da festa da Páscoa, era um mandamento do Senhor.  O sangue do animalzinho era oferecido para cobrir os pecados, mas o sacrifício era imperfeito.
  João Batista reconheceu  Jesus Cristo como Aquele que havia sido enviado por Deus para ser sacrificado, e o Seu sangue,  perfeito para perdoar e apagar os pecados de todos aqueles que nEle cressem.
  Assim como os hebreus foram salvos da morte pelo sangue do cordeiro aspergido sobre as portas de suas casas, saíram do Egito guardados por Deus e atravessaram o mar em direção à Terra Prometida, nós também somos salvos pelo sangue do Cordeiro, deixamos a nossa vida de escravidão imposta pelo pecado (o Egito), fomos batizados em suas águas, morrendo para o mundo e vivendo para Ele. Estamos hoje caminhando  em direção à nossa Terra Prometida.
  Essa, para nós, é a verdadeira mensagem da Páscoa.
  O coelhinho entrou de gaiato na história da Páscoa. Não passa de tradição humana. Ele é visto como um símbolo de fertilidade, porque reproduz muito e com muita facilidade e, também, como um símbolo de uma nova vida. Só isso!
  Sinto pena quando penso em um coelhinho botando um ovo de chocolate de 1kg. Com certeza, ele iria sofrer muito. Acho que é por isso que eles têm os olhinhos arregalados.
  Nesse mundo, temos que prestar muita atenção às informações que recebemos, nem todas são verdadeiras. Firme o seu  coração nAquele que é o Autor e Consumador da sua fé. Ele é a Verdade.
  Feliz Páscoa!

  Autoria do texto: Pr. Carlos Barabás